top of page
Foto do escritorThiago Lugão

Parte 03 – Falta de comprometimento das disciplinas


Se você quiser ser notificado dos próximos artigos, cadastre seu e-mail no botão LOGIN/REGISTRE-SE na parte superior direita do site. SEU E-MAIL NÃO SERÁ USADO POR TERCEIROS.


Sejam bem vindos à discussão sobre “Por que os cronogramas Atrasam”. Caso não tenha lido os quinze primeiros artigos, no final desta postagem tem o link para eles.


Na primeira sessão abordei a falta de habilidade técnica do Gerente de projetos e sua equipe na elaboração do cronograma. Dia 10/10 encerramos a segunda sessão, onde discutimos a segunda causa de atraso dos cronogramas: Não utilização do cronograma como ferramenta de análise. Na terceira sessão abordei em um tema único a outra causa de falha dos cronogramas: Falta de alocação de recursos. Na quarta sessão trabalhei o assunto - Estimativas de Durações Inadequadas. Nesta quinta sessão está sendo abordado em 3 (três) temas o título – Falta de comprometimento dos líderes das disciplinas. Ao todo já são 20 (vinte) artigos apontando as principais causas de atraso dos cronogramas.


O tema de hoje a ser abordado é “Informações operacionais sem confiabilidade”.

Vamos lá?


Nos dois primeiros artigos desta sessão, abordei a falta de comprometimento dos líderes das disciplinas que acontece de forma direta, pela omissão destes. Neste último artigo desta sessão, irei abordar como a falta de comprometimento destes líderes afeta de forma indireta a confiabilidade das informações que são geradas para o gerente de projetos.


O setor de planejamento gera muita informação, e para isso acontecer, “perturba” muita gente. Podemos citar os KPIs (índices de produtividade), curvas “S”, curva rundown, programação semanal, relatório semanal, relatório diário, plano de ação, curva ABC, previsão de medição, projeção de fluxo de caixa e as milhares de análises de sensibilidade que são pedidas quase que diariamente ao gerente de planejamento e sua equipe. Com este pequeno exemplo, já deu pra perceber que muitas são as saídas deste setor. Porém, com são geradas as entradas para toda esta informação?


Um ditado Inglês diz que se um sistema entra porcaria, então irá sair “merda”. Não tem como esperar coisa boa de uma colheita, se apenas plantou semente ruim. Assim é com a organização. A confiabilidade de todas as ferramentas citadas acima está nas mãos dos outros setores, que muitas das vezes não dão a devida credibilidade ao processo.


Quem nunca ouviu alguém da produção dizer: - “Esses caras ficam gerando papel. Eu quero é performar. Eu faço obra”. A mim só resta clamar ao Pai como fez Jesus na cruz: - Pai, perdoa-os, pois não sabem o que dizem.


Essa cultura danosa pra organização como um todo, fará com que as informações cheguem incompletas ou incorretas. O rumo do projeto estará sendo traçado para longe da meta, e os resultados serão catastróficos.


Também não irei ficar “puxando a sardinha” para o lado do planejamento. Este tem que entender que é um setor de apoio, e que surgiu da “costela” da produção. O planejamento tem que saber liderar a produção. E liderar é servir. Entender que as informações devem ser geradas para a produção ter a obra melhor em suas mãos. Portanto, saber ouvir a produção é importante demais. Se um controle não serve para a produção, então abandone. Se as informações são para Eles (produção), então nada melhor que eles digam o que serve e o que não serve.


Logo, cabe ao gerente de projeto criar esta cultura de ajuda mútua e mostrar a importância da colaboração de todos, do menor ao maior. A sinergia de forças só é alcançada quando todos “remam” com o mesmo objetivo. E remam de forma equilibrada, sem gargalos no processo.


Também é necessário desmistificar a frase: - “Não vou levar este assunto para o gerente de projetos, pois ele tem problemas maiores para resolver”. Pare e observe se o assunto em questão é estratégico ou de integração. Se for, leve sim para ele. Muitas das vezes, a simples permuta de posição de um apontador pode ser um assunto estratégico, se este é um recurso escasso na obra e que recolhe as informações. O que adianta utilizar um software de gestão de nove mil reais, ter um engenheiro e um técnico formados em faculdades de ponta, se quem colhe a informação, é um trabalhador que ganha novecentos reais com motivação zero para o trabalho? O sistema tem que estar balanceado, senão caímos no problema do gargalo em processos.


Finalmente, por hoje ficamos por aqui. Não deixe de ver os artigos anteriores caso você não tenha visto, no próprio linkedin ou no meu Blog.


Aguardo seus comentários e até segunda, dia 26-12, abordando ainda mais este tema, de acordo com nosso mapa mental.


Obrigado.

Blog: http://www.engenheirolugao.com.br/#!blog/o0ay7


Site: http://www.lugaoconsultoria.com.br/


Artigo 01 : É o cronograma, estúpido – Artigo com o Mapa Mental.


Artigo 02 : Erros Técnicos na elaboração do cronograma – parte 01 - Uso demasiado de relacionamento tipo TT e II.


Artigo 03 : Erros Técnicos na elaboração do cronograma – parte 02 - Quebra de lógica no cronograma.


Artigo 04 : Erros Técnicos na elaboração do cronograma – parte 03 - “Uso de lags muito grandes, “Uso de restrições” e “Uso de lags negativos”.


Artigo 05 : Erros Técnicos na elaboração do cronograma – parte 04 – Caminho crítico errado ou mal gerenciado.


Artigo 06 - Erros Técnicos na elaboração do cronograma – parte 05 – Atividades com grandes durações.


Artigo 07 - Erros Técnicos na elaboração do cronograma – parte 06 - Falta de linha de base.


Artigo 08 - Cronograma pra Quê? Tá na mente !!! – parte 01 – Cronograma não utilizado como ferramenta de análise.


Artigo 09 - Cronograma elaborado apenas para ganhar licitação - parte 02 – Não utilização do cronograma como ferramenta de análise


Artigo 10 – Falta de procedimentos – parte 03 - Não utilização do cronograma como ferramenta de análise


Artigo 11 – Apenas exigência do contrato e Falta de cultura da empresa - parte 04 – Não utilização do cronograma como ferramenta de análise.


Artigo 12 - Permitir viabilidade do Projeto - parte 05 – Não utilização do cronograma como ferramenta de análise.


Artigo 13 – Prioridade das medições - parte 06 – Não utilização do cronograma como ferramenta de análise


Artigo 14 – Ferramenta de Planejamento e não de controle – parte 07 - Não utilização do cronograma como ferramenta de análise


Artigo 15 - Falta de alocação de recursos no cronograma


Artigo 16 - Estimativas de durações inadequadas – parte 01 – Cronograma dos fornecedores não integrados com o do projeto”


Artigo 17 - Estimativas de durações inadequadas – parte 02 - Utilização de “gordura” ao invés de Buffers.


Artigo 18 - Estimativas de durações inadequadas – parte 03 – Técnica mal empregada


Artigo 19 - Falta de comprometimento das disciplinas – parte 01 – EAP errada


Artigo 20 - Falta de comprometimento das disciplinas – parte 02 – Pacote mal dimensionados.





107 visualizações0 comentário
bottom of page