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Foto do escritorThiago Lugão

Insumos para identificar riscos: Interfaces e premissas


Sejam bem vindos a mais um tópico de uma série de mais de 30 artigos que irão abordar uma área muito importante da disciplina de gestão de projetos: Gestão de Riscos.


Hoje irei falar sobre fontes de riscos. E quando me refiro a fonte, estou querendo dizer origem, nascente. Porém, antes de entrarmos no artigo em questão, quero conceituar premissa, restrição e interface.


Premissas: De acordo com o PMBOK 6ª edição, premissa é um fator do processo de planejamento considerado verdadeiro, real ou certo, sem a necessidade de prova ou demonstração. Como exemplo podemos adotar que o dólar durante o projeto estará na faixa de R$: 4,40;


Restrição: É um fator limitador que afeta a execução de um projeto, programa portfólio ou processo. Como exemplo, podemos dizer que o projeto possui uma restrição de contratação de 80% de mão de obra local;


Interface: Este termo possui vários significados, dependendo da óptica na qual está sendo avaliado. Para o nosso estudo em questão, chamo de interface o encontro de duas situações que necessitam de um esforço mútuo para poder ocorrer de forma otimizada. Posso dar como exemplo a passagem de dutos de HVAC e a montagem do forro de cobertura. Se não estiverem casadas as datas, a atividade sucessora não poderá ocorrer, ficará parada aguardando a predecessora abrir frente de trabalho.


Diante dos fatos expostos, fica explícito que estes três conceitos são fontes primárias de risco. Em relação ao dólar, quem disse que ele estará estável em R$ 4,40 durante o projeto? Pode ele disparar para R$ 5,20 e encarecer todo o processo de compra de equipamentos importados? Há uma incerteza, portanto, há risco. Em relação à restrição já não é algo tão direto assim. A restrição geralmente é algo mais fixo, mas se ocorrer uma mudança, ela pode virar uma oportunidade, pois não haverá uma limitação para o projeto. Imaginem que o principal patrocinador do projeto, consegue negociar com o governo uma melhoria voluptuosa na cidade, de modo que o governo estadual entenda que a externalidade positiva criada é tão benéfica, que flexibilizará a questão de contratação de mão de obra local. Seria fantástico para ambas as partes. Finalmente, a interface é uma fonte de risco porque há o encontro de duas situações, que geralmente possuem interesses antagônicos e precisam ser gerenciadas para que ocorra tudo conforme planejado. As datas dos cronogramas de diferentes fornecedores têm que coincidir, no intuito de tornar o processo fluido. Existem interfaces que não são tão dinâmicas assim, mas precisam do mesmo esforço de compartilhamento de datas. Imaginem que diferentes fornecedores precisam do mesmo acesso para movimentar suas máquinas. Este acesso deverá ser gerido por uma equipe integralizadora isenta de interesses individuas, que vise a sinergia da situação.


Concluindo, existem inúmeras outras fontes de riscos que uma equipe de projeto poderá garimpar no intuito de identificar riscos. O importante é ter em mente o conceito de riscos que foi abordado no primeiro artigo e pensar fora da caixa. O risco do tipo ameaça ou oportunidade pode estar do teu lado, e se identificado e mitigado, poderá gravar teu nome no Hall da fama dos projetos. Imaginem ser conhecido como o Homem ou mulher que salvou 20 milhões de dólares de um projeto ao adotar uma ação mitigadora de míseros 20 mil reais.


Finalmente, gostaria de deixar o link dos cursos voltados para a área de gestão de projetos para os quais ministro aula.



Fiquem na paz!

Lugão Consultoria

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