Sejam bem vindos a mais um tópico de uma série de mais de 30 artigos que irão abordar uma área muito importante da disciplina de gestão de projetos: Gestão de Riscos.
Hoje estamos no nosso 8º artigo sobre riscos. O tema que irei abordar é sobre o lado das incertezas positivas, conhecidas como oportunidades. Vamos lá?
Conforme conceituei risco no primeiro artigo, deixei definido que risco pode ser uma ameaça ou oportunidade. Apesar de muitos saberem disso, temos a tendência de levantarmos pouquíssimos riscos do tipo oportunidade (positivos) em reuniões de brainstorming ou durante uma reunião de projeto.
Essa tendência é normal ao ser humano, pois achamos que quando pensamos nas possibilidades de erro e nos preparamos para ela, estamos blindados quanto seus impactos negativos. Porém, podemos pensar fora da caixa e imaginar que nenhuma situação é tão boa que não possa melhorar. Podemos pensar nas oportunidades como uma resposta antecipada para os riscos tipo ameaça. Costumo dizer que um projeto que possui um registro de riscos atualizado está na vanguarda do gerenciamento de projetos. Porém, só os melhores projetos (elite da elite) conseguem manter uma lista de registro de riscos com mais oportunidades do que ameaças.
Exemplo prático disso foi a guerra dos seis dias, onde Israel sabendo pelo Mossad que as forças Egípcias se preparavam para um ataque àqueles, reagiram ativamente de forma preventiva e resolveram a guerra em 6 dias. O comitê de riscos da guerra poderia pensar nos riscos de ataque por terra, ataque aéreo, ataque por tanques, etc se preparar e esperar o gatinho do risco para iniciar o plano de resposta elaborado para cada situação. Porém, fizeram melhor: Diante da guerra iminente, havia a oportunidade de realizar um ataque maciço aéreo e resolver a guerra antes dela mesmo começar. Isso sim é ter a essência da gestão de riscos como foco na tomada de decisão. Melhor que esperar um gatilho acontecer, é se antecipar e resolver. Quem espera é passivo na situação, quem age é o ativo.
Sabemos que gestão de riscos é uma mudança de cultura, da reativa para a pro ativa. E tomar as decisões com foco nas oportunidades é utilizar da melhor maneira as informações identificadas.
Outra necessidade de um levantamento equilibrado de oportunidades é por questões técnicas que surgirão na fase de análise quantitativa. Se a equipe de projeto só identifica ameaça, quando for alocar os riscos no cronograma e simular a análise de monte carlo, o cenário será pessimista, pois não haverá um equilíbrio de oportunidade x ameaças. O projeto tenderá a mostrar um atraso na maioria dos cenários, dando a impressão que o projeto está imerso à um cenário de caos.
Logo, se o seu projeto decidiu dedicar tempo e dinheiro na implantação da gestão de riscos, elabore o processo da melhor forma, pois pior que não ter informação para tomada de decisão, é ter informação errada.
Finalmente, gostaria de deixar o link dos cursos voltados para a área de gestão de projetos para os quais ministro aula.
www.lugaoconsultoria.com.br
Fiquem na paz!
Lugão Consultoria